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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Aprendizado

Há tempos não escrevo neste blog.
Comecei a escrevê-lo na época da construção de nossa casa, para desabafar, refletir!
Hoje já tem mais de dois anos que nos mudamos para esta casa e com certeza foi uma vitória conseguir terminar de construí-la!
Até agosto de 2014 estaremos ainda pagando empréstimos que fizemos para terminá-la. Não fizemos tudo o que sonhávamos fazer: o jardim de inverno não saiu do papel e agora será transformado em home office para que o antigo home office vire o quarto do Miguel; os boxes dos banheiros não foram feitos; nada de closets; nada de armários para banheiros, quarto de visitas, sala e área de serviço. O jardim ainda está capengando. A pintura externa ainda é a mesma que foi feita ás pressas. O quintal continua sem a horta, sem o pomarzinho e tomado pelo mato. 
Por diversas vezes luto contra uma indignação, descrença, raiva, decepção por conta de tudo o que a construção desta casa significou e significa para nós. Ela, a construção, norteou nossos gastos, nossas atitudes, nosso relacionamento enquanto casal, nosso humor, nossas esperanças. Quantas e quantas vezes resmungo, reclamo de tudo, não aceitando todas as perdas, todos os erros que cometemos! Decepção com a escolha do arquiteto, escolha da planta, época de construir; decepção antes de tudo comigo mesma por não ter tido coragem de ter coragem de agir, de exigir bom trabalho das pessoas envolvidas, te ter deixado meu esposo sozinho nas tomadas de decisões. 
Em momentos fico muito satisfeita com a casa. Em outros fico extremamente arrependida por tê-la construído.
Agora a pouco assistindo ao programa "Casa brasileira" no GNT permiti-me tentar mais uma vez a olhar um outro lado e a fazer de tudo o que passamos um aprendizado verdadeiro.
Primeiramente, apesar de todos os pesares, tenho a benção de ter uma casa. Tem gente que nunca teve casa, que nunca teve um guarda-roupa, uma geladeira! A gente ás vezes se perde em meio ás lamentações, olhando somente no que poderia ser, somente no que está acima de nós e não percebemos que tem muito abaixo de nós! Então de verdade, preciso enxergar a graça que é de termos esta casa, apesar de todas as dívidas, apesar de termos sido feito de bobos, apesar das brigas que ocasionou, apesar das economias que se foram, nós temos esta casa!
Segundo: preciso olhar para ela com mais amor e mais calma e ir arrumando as coisas aos poucos. Não vou decorá-la de uma hora para outra, não vamos consertar todos os defeitos de um dia para o outro. É ter consciência do tempo e das possibilidades.
Terceiro: aceitar o que aconteceu e a partir do ponto em que chegamos (mesmo não sendo o que sonhamos) construir um novo patamar, uma nova história, um novo ponto de partida. Com maturidade, com calma ir fazendo as coisas pouco a pouco.